Maquiavel, em “O príncipe”, obra literária que se tornou um dos maiores, se não o maior clássico sobre política de todos os tempos, e leitura obrigatória da ciência política – em especial para aqueles que se aplicam a estudar o fenômeno do poder –, faz referências ao personagem bíblico Moisés.
“Como exemplo dos que se tornaram príncipes mais por atributo de competência do que pelo favorecimento da sorte, afirmo que os de maior excelência foram Moisés, Ciro, Rômulo, Teseu e outros como eles. Embora não se deva discutir Moisés, por ele ter sido um mero executor das obras de Deus, devemos admirá-lo em virtude da graça que o fez digno de falar com Deus.” (O Príncipe, de Maquiavel)
Entre vários fatores, aquele que dignificou Moisés a falar com Deus, como destaca Maquiavel, talvez tenha sido o fato de que ele era o ator fundamental para o projeto político em determinado período da história do povo hebreu. No sistema eleitoral brasileiro todos os eleitores são atores fundamentais no processo político.
O ato do exercício da cidadania cristã, sobretudo relacionado à política, seja o cristão eleitor ou candidato, é um simbolismo histórico dos anseios que permeiam o imaginário da coletividade pela esperança por ética, moral e justiça social.
A política, se praticada conforme sua concepção e finalidade, tem a missão de ajudar a melhorar a vida das pessoas. “O fim da política não é apenas viver, mas viver bem”, já dizia Aristóteles. Em tese, é para isso que serve a política!
A conscientização de que o título de eleitor continua sendo a maior expressão de poder do povo é muito importante. Todo eleitor pode ajudar a promover mudanças positivas em seu país através do voto. Por dias melhores!
Fonte: Folha Universal – Edição 1033
Carlos Oliveira
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