Robert Ballard é um dos
exploradores subaquáticos mais famosos do mundo. Foi ele o arqueólogo que
descobriu onde estavam os destroços do naufrágio do Titanic, em 1985. Também
encontrou no fundo mar do navio de guerra Bismarck, e uma frota dos EUA
naufragada perto de Guadalcanal, no Pacífico.
Agora, ele está usando sua
equipe e a mais avançada tecnologia robótica para provar a existência de uma
das histórias mais conhecidas da Bíblia: o Dilúvio.
Em uma entrevista para a rede
ABC ele apresentou os resultados de sua pesquisa na Turquia que mostraria
evidências de uma civilização varrida da face da Terra por uma enchente
monstruosa.
“Nós fomos lá para procurar o
Dilúvio”, disse Ballard. “Não apenas um movimento lento, e gradativo de avanço
do nível do mar, mas um dilúvio realmente grande… A terra que foi soterrada
permaneceu embaixo do mar”.
Muitos afirmaram ter
descoberto evidências da Arca de Noé, o enorme navio que Noé encheu,
segundo o relato bíblico, com diversos casais de animais, visando
repovoar o planeta.
Na década de 1990, os
geólogos William Ryan e Walter Pitman reuniram evidências científicas de que
uma inundação enorme ocorreu na região do Oriente Médio, cerca de 7.500 anos
atrás. Sua teoria, segundo os relatórios, é que uma elevação sem precedentes do
que hoje é o mar Mediterrâneo, empurrou uma porção de terra através do Bósforo,
submergindo a costa original do Mar Negro. Esse dilúvio antigo teria coberto
uma área de mais 35.000 quilômetros quadrados.
Ballard afirma ter
investigado esta teoria por mais de uma década. Segundo os relatórios da
National Geographic, a primeira descoberta de evidências da costa submersa
surgiram em 1999. Embora Ballard ainda não estivesse convencido de que se
tratava do dilúvio bíblico, no ano passado mudou de opinião. Sua equipe
encontrou no fundo do Mar Negro pilhas de cerâmica antiga, uma embarcação e um
dos membros da tripulação. Também há vestígios do que ele acredita ser um
antigo porto, mãos de 150 metros abaixo da superfície.
“Isso é um naufrágio
perfeitamente preservado. Dá pra ver toda a madeira antiga, parece um depósito
de madeira”, disse ele. “Mas se você olhar de perto, poderá ver um fêmur e um
molar.” E acrescenta: ”O mais antigo naufrágio descoberto até agora
naquela área data de cerca de 500 a.C.”.
Agora, usando tecnologia
avançada ele tenta descobrir o que ocorreu no planeta cerca de 12.000 anos
atrás, uma época em grande parte da Terra estava coberta de gelo. Quando esse
gelo começou a derreter, grandes inundações poderiam ter atingido várias partes
do globo, submergindo tudo que estivesse em seu caminho.
Usando o método de datação de
carbono em objetos recolhidos na expedição, Ballard disse acreditar que esse
evento catastrófico aconteceu em torno do ano 5.000 aC. Alguns especialistas
acreditam que este foi aproximadamente nesse período que ocorreu o dilúvio de
Noé.
O pesquisador disse estar
ciente de que nem todos concordam com suas conclusões sobre o período e o
tamanho do dilúvio, mas está confiante que em breve encontrará algo do período
bíblico. “Começamos a encontrar estruturas que pareciam feitas pelo homem”,
disse Ballard. “É nisso que estamos focando nossa atenção agora.”
Os restou do naufrágio estão
bem preservados porque o Mar Negro quase não tem oxigênio, o que retarda o
processo de decomposição. Para Ballard “o fundo do mar é o maior museu da
Terra”.
Ele não tem expectativas de
encontrar a Arca de Noé, mas acredita que pode encontrar evidências de um povo
que vivia ali quando o mundo foi inundado, cerca de 7.000 anos atrás.
Com muita confiança de que
poderá encontrar as provas que procura, Ballard planeja voltar para a Turquia
no próximo ano. Suas descobertas serão apresentadas em um programa especial que
vai ao ar em dezembro nos Estados Unidos. Com
informações de Huffington Post e ABC News.
Fonte: Gospel Prime
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